Começámos o ano esperançosos, tudo indicava que este ano seria em grande, todos ou quase todos fizemos os nossos planos, a cidade ia estar em grande alvoroço.
O Verão prometia ser quente, as Festas da Cidade teriam ainda mais gente, os Festivais de Música, com o regresso do Rock in Rio seriam mais e ainda maiores (o Alive tinha aumentado o número de dias de concertos). As iniciativas programadas eram mais e melhores. As expectativas do aumento do turismo, do emprego, etc, eram de molde a termos o melhor Verão de sempre.
Mas, algo mais forte que cada um de nós, mas que não será mais forte que nós todos juntos, veio impor as suas regras, esperemos que apenas de uma forma transitória.
A cidade parou quase por completo, as ruas ficaram desertas, os transportes quase vazios a maior parte do tempo. Os Táxis, Uber e demais plataformas, quase parados na sua totalidade. As lojas, os teatros, os restaurantes, etc...tudo encerrou, restaram os serviços essenciais, com as regras possíveis.
Mas hoje, é o principio do regresso ao passado, a cidade vai agora aos poucos voltar a ser o que era. Sabemos que não será de um dia para o outro. Sabemos que vai demorar e não sabemos também se queremos de volta a mesma Lisboa ou uma Lisboa diferente.
Gostávamos que este tempo de aprendizagem nos trouxesse agora de volta uma cidade ainda melhor, com menos tráfego, tentando pelo menos que isso acontecesse ao fim de semana. Com mais cidade para ser usufruída pelos que cá vivem e pelos que nos visitam.
Uma cidade com mais cultura na rua. Agora que não vamos poder estar tão fechados em salas é o momento de colocar mais cultura para todos, ao ar livre.
A cidade está a deixar o estado vegetativo em que se encontrava, agora é voltar a vivê-la, com regras.
A mesa está posta, sirva-se!
Foto de Sara Martins
Calçada do Duque - Lisboa
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